A Meia Boca: Matéria da Rede Globo sobre afiação de facas

Explicações

Minha família, de descendência italiana, todos, desde pequenos foram ensinados a "se virar na cozinha" como também sempre fomos entusiastas no acompanhamento de nossas bisinhas, noninhas e mãe à beira do fogão, principalmente aos domingos quando da reunião de toda família.

Este espaço foi criado basicamente pela necessidade que tinha de colocar em prática as receitas que gosto, receitas que pessoas presentes em minha vida e também aquelas que já se foram já fizeram e eu fui compilando ao longo da minha vida.

São as comidas da minha familia, que fazem parte da nossa história, nossa tradição, dos nossos encontros dominicais e,porque não dizer, da união familiar.

Lembro-me quando criança que aos sabados, Dna. Elvira Colaneri Passucci, uma senhora italiana de Roccaspinalveti, uma comuna italiana da região dos Abruzos na província de Chieti e, a responsável pela criação de meu pai desde seus 9 anos, portanto considerada por mim como avó, já iniciava o preparo do ragú napolitano, o dito molho da “mamma” para a infalível macarronada de domingo.

Domingo, enquanto brincávamos e faziamos a algazarra comum a nossas idades à epoca, era preparado manualmente o macarrão, caseiro, esticado na mesa enfarinhada e delicadamente cortado com a faca, tira a tira, tornando-se um delicioso e inesquecível talharim. Posteriormente, tinha-se a máquina de fazer macarrão.

Quando pergunto qual o prato favorito de alguém, a resposta geralmente vem temperada com alguma lembrança. O bolo de chocolate que a avó fazia, a lasanha da casa da mãe e assim por diante. É na infância, ou mesmo antes, que o paladar começa a se formar.

Apesar de todos nós gostar do conforto do purê de batata, do ovo frito com arroz ou do macarrão na manteiga, considero buscar novos sabores importante até para a saúde mental do ser humano. Lembre-se de que ele é um sentido potente e tem a capacidade de trazer impressões incríveis.

Vivem me perguntando por que eu gosto de cozinhar. Eu gosto de cozinhar, é claro.Realmente eu adoro criar pratos, testar sabores, ver transformações que acontecem com cada um dos alimentos quando temperados, cozidos e servidos, mas a necessidade faz valer mais nessa hora.

Confesso também que adoro ser convidado por amigos para assumir seus fogões e panelas, e vocês já perceberam isso pelas fotos, mas a nossa cozinha, os nossos utensílios,hábitos e manias são únicos.

Cesar ZANETTI - SP

domingo, 17 de julho de 2011

Matéria da Rede Globo sobre afiação de facas

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